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3 de abril de 2011

FAZENDO O MELHOR


 
(Sl. 33:3) “Entoai-lhe um novo cântico, faça-o bem, tangei com júbilo”

Nos meus últimos anos de ministério, tenho, amiúde, usado este versículo como “texto áureo” dos nossos estudos, palestras e mensagens.

Nestes dias pós-modernos, onde o imediato, o prático, o instantâneo vem se avultando em nosso dia a dia, vejo a música, na igreja, caminhando  nessa direção. Ora, cantores e instrumentistas ávidos por apresentações sem ensaio ou preparo, ora lideres, “encolhendo” cada vez mais o tempo necessário dos ensaios, tão importantes ao preparo devido, a título de dar “tempo” a outras atividades sócio-eclesiásticas e, este elemento tão relevante no culto, sendo postergado a 2º plano, música de 3ª qualidade. Obviamente, não me refiro aqui, ao tempo (alias, bom tempo) destinado ao estudo ou pregação da Palavra de Deus, durante os cultos, mas sim, nos momentos extemporâneos aos momentos de cultuar,  outras ocasiões, outros dias, tempo de preparo para o serviço do culto.
No texto apensado no início, as palavras que saltam à vista nesta leitura são “faça-o bem”. O Senhor nos ordena que ao cantar ou tocar, temos que fazê-lo bem. A palavra em hebraico usada nesta passagem é “yatab” e significa “fazendo algo bem, fazer algo bonito, agradável, e bem feito, fazer algo de uma maneira completa, detalhada e meticulosa.”

Portando, para fazer o nosso melhor, temos que destinar tempo e concentração ao serviço do Senhor; assim como temos nosso tempo de comer, dormir, trabalhar, etc., temos de dedicar um tempo “nobre” ao nosso preparo no serviço da Casa do Senhor, e não acontecer que sejamos achados em falta, diante de Deus e da Igreja.

Dar o nosso melhor, dedicação ao serviço musical deve ser regado com oração e meditação da Palavra de Deus, para que tenhamos a excelência no serviço do Mestre, fazendo então “com júbilo e com arte”

Maestro Flavio Varela Torres